DESMISTIFICANDO PIT BULLS

Atualmente não há uma legislação específica, em âmbito nacional, que regulamente a proibição da Raça no Brasil, cabendo a cada Estado legislar sobre seu território.

Não existe a Lei ainda, mas há o PL (Projeto de Lei) aguardando sua vez no Senado. Exatamente! Proibir de vez a raça no país.

Na realidade não é uma legislação apenas discriminatória da raça Pit Bull, mas, também, do seu dono.
Se a Lei restringe que alguém ande com seu cão (sabendo o dono da boa sociabilidade dele) sem focinheira como os demais donos de cães de outras raças não visadas, está sim, limitando o dono conjuntamente com seu cão.

Afinal se o cão é desequilibrado; anti-social; agressivo; destemperado, é culpa de sua criação, seja qual for a Raça do cachorro.

O que esquecemos é que, Pit Bull é cachorro e qualquer tentativa de outra classificação é falsa, lógico!
Lembra do velho e bom ditado: “O cão é o melhor amigo do homem”? O cachorro, por sua natureza é sociável, gosta de gente, é fiel, adora brincar, passear....

Isso é fácil quando se tem pequenos cães. Esses, se houver uma criação irresponsável ou omissa, e vier a atacar alguém não virará manchete, pelo contrário, as pessoas acham até ‘engraçadinho’. Pois é meu bem! Engraçadinho porquê não tem força suficiente para matar.

Mas, e se tivesse? R: Ah! Essa é fácil. Se chamaria Pit Bull e seria massacrado.

O Touro, o leão, o elefante (desculpem a comparação) não tem culpa de sua força, simplesmente são assim. Se algum deles atacar seu dono, automaticamente, as pessoas dizem que o dono só podia maltratar o animal, trancar em local apertado, não alimentar adequadamente, falta de higiene, espancamentos, doenças, falta de atenção, carinho, de tempo e tantas outras coisas. O PIT BULL é IGUAL!!! Nada muda.

Temos que lembrar que cães e gatos já passaram por cruzamentos ao menos 1 vez na história, para se chegar as raças que temos hoje, e isso não determina que serão “assassinos”...

E acaso isso exclui o estrago feito com crianças e idosos inocentes por raças tidas como ‘perigosas’? ÓBVIO que não! Uma vida perdida, não se reconstrói. Mas o que precisamos entender é de quem é, afinal, a culpa? Só assim poderemos legislar de uma forma mais adequada a tentar prevenir ataques em razão de uma posse irresponsável por parte do ‘ser pensante’ (dono).

O bicho homem adora arranjar em ‘que’ ou em ‘quem’ colocar a culpa para suas ações e omissões. Tudo em que toca vira pedra. O Pit Bull é apenas o ‘laranja’, a culpa está no falso status que homens imbecis cheios de ‘água de enxurrada’ na cabeça (para ser educada) acreditam possuir com o cão na coleira ou fora dela... Esses são desprovidos de cerebelo e provavelmente, são esses que agridem tantas protegidas, hoje, pela Lei Maria da Penha!


Vamos combinar que não precisa muito cerebelo para imaginar:


O cão, por natureza, claro, tem uma audição muito aguçada. Se, por exemplo, cortar as orelhas, os ouvidos ficarão expostos e N A T U R A L M E N T E terá excesso de sensibilidade ao som.
Agora, imagine-se falando alto ou gritando ou escutando música em nível-de-balada, e ao seu lado/perto/próximo um Pit Bull com ouvidos expostos (é assim que os donos fazem para passar uma imagem bruta do animal. Pit Bull de lacinho ninguém quer).

A questão é: se o Pit Bull atacar, a culpa será dele ou de quem cortou a orelha?

A responsabilidade só pode ser dada a quem detém capacidade.

Animal algum pode ser reponsável por algo, a não ser o proprietário que deu causa ao ataque.


É em cima dos proprietários que devem se versar discussões, debates, leis, responsabilização e, principalmente, punições.


Não esqueçam que omissão é inclusa nas causas de ataques envolvendo Pit Bull. A Lei de Contravenções Penais, em seu art. 31 fala sobre a Omissão de Cautela na Guarda ou Condução de Animais, dá uma olhadinha:

"Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso".


Encontrei pela net, citações de Wilson Sampaio sobre o assunto: "animal perigoso pode ser entendido como qualquer um que tenha aptidão para causar dano à terceiro, não havendo necessidade de ser feroz ou bravo, visto que o animal não possui capacidade de entendimento, podendo se tornar perigoso conforme cada especial situação".

Condenar o animal está errado. Logo esses loucos arranjarão outro cão ou outro bicho qualquer para ter seu status, por simplesmente não acreditarem em si mesmos.


- "Se eu não posso, meu cão pode!"

SE VOCÊ É DONO (OU PRETENDER SER) DE UM PIT BULL AÍ VAI A REGRA:

Jamais, em qualquer hipótese, mesmo você conhecendo profundamente seu animal e sabendo de sua meiguice; educação; ainda que ele seja filhote, não deixe seu animal sair sem focinheira. Sabemos que é horrível o uso deste ‘acessório’ e que o animal sofre, mas, o nome disto é segurança/prevenção para todos, principalmente seu cão (que normalmente é apedrejado e encaminhado para sacrifício no CCZ). Hoje temos novos acessórios de segurança no mercado menos sufocantes e mais adequados, e manter, claro, a guia curta. Sempre! (V. tópico 'LEGISLAÇÃO -São Paulo' deste blog).

Se por algum motivo qualquer (e que realmente não seja culpa de seu animal), e seu Pit Bull agredir alguma pessoa ou outro cachorro por provocação alheia, batata, vão condenar o seu cão e apenas ele sofrerá.
Com conscientização, responsabilidade e PACIÊNCA consiguiremos desmistificar a raça! 

Texto relacionado neste Blog: "Lei que propõe castração do Pit Bull passará por nova análise"

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