Era uma vez...


Passeando com a Badú, o Fê comentou que havia um amigo do trabalho, o Luizão (grannnde Luizão), que estava procurando alguém responsável para doar o último filhote da cria da cachorra dele: uma Pit Bull.
 
Eu já estava há um tempo pedindo ao Fê um ‘bebê’ novo para mim, mas, nem passou pela minha cabeça levar um Pit Bull para casa. Credo, que medo!

Eu disse que iria verificar se algum amigo queria, e que avisaria.... (até parece que algum amigo meu iria querer um Pit Bull, mãs....).

No dia seguinte, no decorrer do trabalho, recebi um e-mail, compartilhado com toda família, e com o título: "Novo membro da família". Logo pensei: ‘quem engravidou???’ – a mesma coisa a família inteira pensou: ‘a Duca ficou grávida!’.


Quando abri o anexo, estava a foto da Raica

E o maridão dizendo: é tua!



Fala sério!?
Eu tomei um p%$#@ susto!

O mais curioso, é que ao mesmo tempo fui tomada pela sensação de prazer, por ganhar o que queria (em tese) e o real PÂNICO de um Pit Bull em casa...... ainda mais porquê a Badú.......... é um......Rottweiler !!!
Preocupação total!

Mas, fomos lá na casa do Luizão buscar – eu tava doida para ver a cara da danada.

1) Chegamos lá e de cara a família do Luizão veio nos receber, super fofos e educados ( o cão também deve ser) – 1 x 0;

2) A esposa do Luizão trouxe a Pit Bull no colo, como se bebê fosse..... (tratada com amor) – 2 x 0;

3) Os filhos do Luizão, adolescentes, suuper tranqüilos, calmos e extremamente bem educados (não precisavam de cão para status – nenhum ‘Pit-Boy’) – 3 x 0;

Quando olhei para a Raica, senti uma alegria tão grande! Aqueles olhos verdes.... Ela era linda....

Mas, seria agressiva?!? (preocupação pelas histórias dos jornais)

4) Conhecemos a mãe biológica de Raica, em resumo: fofíssima (mãe calma, filha tranqüila?) – 4 x 0.

Eu nunca, na vida, havia passado a mão em um cão desses. A Mãe da Raica deitava e fazia manha com a cabeça pedindo carinho, rs (engraçado).

O Pai???? Mais tranqüilo ainda (pai + mãe calmos e tranqüilos = filhote Zen) – 5 x 0.

‘Rumbora’ pra casa. Quero testar a Badú com a Raica.

Meu ‘únicos’ medos com relação a novidade era:





1) a Badú sofrer com os ciúmes (jamais permitiria isso);
2) a Badú não se impor sobre a Raica e lá na frente..... credo! (de jeito algum);
3) eu chegar em casa e não encontrar mais a Badú..........viva! (não viveria sem ela, nunca!)

Badú se mostrou imediatamente uma mãe incrível.  
Ensina tudo para a Raica.
Dá bronca, brinca, dormem juntas – amigas, irmãs, mãe e filha (a coisa mais divina é a natureza sábia).

Nós?! Não interferimos na relação delas, de forma alguma!
Justamente tentando ajudar, é que podemos acabar atrapalhando e muito.
Conversei com alguns adestradores, sobre histórias de Pit Bulls que acabam matando o próprio Pai biológico, ou que em razão de uma única briga nunca mais podem conviver juntos, e tal... Eles me disseram que realmente isso pode acontecer, principalmente, se os cães são do mesmo sexo e piora se forem de raças  e idades diferentes (isso para qualquer cão – mas no caso da força do Pit Bull a preocupação é sempre proporcional). Mas, que apesar disso, um bom trabalho realizado com um adestramento adequado, faz com que dois cães que não suportam se ver, voltem a conviver de uma forma sadia.... (menos mal!).

A Badú e a Raica se dão bem! A Badú tem seus momentos de ciúme, mas, a vantagem é que Raica não sabe nem o que isso significa, rs, então fica tudo ‘em casa’.





"Raica quer uma injeção na testa???"
Badú: "eu quero também, eu quero também!!!" (risos).


Aqui, dividirei todos os momentos da criação de um Pit Bull.
Todos os acertos e erros, nossos.
Peso, altura, alimentação, comportamento, experiências e peripécias de Raica.
Uma coisa é certa! Se você pretende ter um Pit Bull, não seja marinheiro de primeira viagem – se for assim escolha um outro cachorro. O Pit Bull necessita de atenção e tempo para dedicar a ele. O fato de você já criar ou ter criado um cão, principalmente, de grande porte, faz com que você perceba melhor seu animal. Entender seus atos, seus olhares, reconhecer um momento de estresse, de cansaço. Isso faz com que você se adiante à alguma atitude dele.
Se informe exaustivamente. Pesquise, tire dúvidas, converse com especialistas e pessoas normais que criam com amor seus APBTs.
Só sei dizer que, até agora, Raica só nos trouxe alegria e amor. E é isso que nós buscamos dar à ela, AMOR.
Toda relação a base de amor e respeito é saudável. A chance de dar certo com tudo isso (parentescos, cruzamentos, criação) é certa, seja um Chihuahua ou um Pit Bull.

Quem respeita, conseqüentemente obedece.
Quem só obedece, talvez o faça por medo e isso lá na frente pode se transformar em um ataque.
Não omita carinho e tempo ao seu cão e respeite. Sempre!

Ah! O outra coisa: deixe claro que a casa é dele também, mas o Dono é VOCÊ! (sei, ãhã....rsrs)

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